sábado, 2 de agosto de 2008

Uma nova pobreza, (A cultura da pobreza) / A Procura de novos Caminhos

A pobreza tem sido foco de diversas analises, em todos artigos relativos ao desenvolvimento, passando por moda, levando consigo milhares de relatórios e analises acumuladas em todos estes anos, o que me remete até, a um tamanho atrevimento ao falar deste mal social que é a pobreza. Porem, através das fontes documentais e da passagem de testemunho, percebe-se que o mundo já passou da época da luta contra o subdesenvolvimento, da erradicação da pobreza e que agora estamos na época de luta contra a pobreza absoluta.
No entanto, para falar da pobreza pois não é possível sem antes percebermos a definição deste conceito. Segundo Hernandez 2001, ela pode ser vista em 3 âmbitos:
O económico, que limita o fortalecimento económico do mercado interno, obstaculizando o desenvolvimento económico com igualdade de oportunidades para todos.
Nessa lógica procuram-se métodos para medi-la e empreender novos programas para o desenvolvimento, tais como: O (NBI), necessidades básicas satisfeitas, o da linha da pobreza (LP) entre outros. Porem, estes tem verificado um problema na medida de qual seria o numero certo usar-se-ia para definir quem é pobre e quem não é e assim combater este mal. Isto é, está-se a procura da pobreza material. Já num ponto de vista sociológico, aponta as relações entre os conceitos de marginalidade, demografia e exclusão e ai a geografia vai entrar segundo Torres, 1995; Bolvinick 2001; para regionalizar este fenómeno, na medida em que os países com maior índice de marginalidade, exclusão e crescimento demográfico é que são os subdesenvolvidos e que não estão em vias de desenvolvimento como se costuma a afirmar, pois ainda não justificam uma industrialização que vai retractar a sua passagem de subdesenvolvidos para em vias de desenvolvimento. No entanto, ainda em esses temas de pobreza vão surgindo outros questionamentos como: será à dinâmica demográfica que determina a pobreza ou esta é que determina a dinâmica demográfica? (reflictamos)
Estes países com os índices acima levantados já passaram da era da luta contra o subdesenvolvimento, da erradicação da pobreza e que agora encontram-se na luta contra a pobreza absoluta mas que a sua população vêem vivendo abaixo de um 1 dólar/dia. No entanto, numa analise qualitativa, remete-nos, a um ponto de visão antropológico, cujo a define como sendo algo que leva a uma situação anomia e que se manifesta como por uma capacidade de retroalimentar-se e pela constituição de uma cultura da pobreza caracterizada pela apatia e desinteresse na coesão social e integração social. Concebo esta, como a as mais graves das pobrezas acima mencionadas e é vivida todos os dias nas nossas cidades, ao deparar-mo-nos com indivíduos, unirando nas arvores as 12 horas e quando abortadas exaltam-se, tentando transmitir a ideia de que estão fazendo no local certo a coisa que talvez julgue a mais natural do mundo, esquecendo-se, que a naturalidade, cada ser a concebe ao seu jeito e dai que se costuma dizer ´´ onde termina a sua liberdade inicia a do outro. Mas também a cultura da pobreza pode ser vista, ao concebermos inimigo, o indivíduo que nos mostra uma ideia diferente da nossa, aspecto este, que é mais visível por parte dos indivíduos que tiveram a oportunidade de frequentar uma academia ou por uma classe detentora do poder económico ou politico, esquecendo-se que a sua existência é determinada pela existência do outro indivíduo. Na verdade não existe diferença entre este último e o que urina nas árvores.
E Já nas áreas rurais, toma um rumo diferente, sendo a cultura da pobreza manifestada não só pela falta de integração social, que talvez foi e é-lhe condicionada devido a falta de oportunidade que tem em frequentar uma academia, ela é manifestada por uma levianitude, na mediada que em certos locais só se espera de um governo para lhes dar de comer e quando tal ajude carece aguardam pela força sobrenatural, culminando com bolsas de fome, talvez a pobreza limite a capacidade de reflexão e produção de alternativas. No entanto, não culpemos as instituições da Bretoon Woods, ao ditarem as leis económicas, olhemo-nos nós próprios, analisando o que já fizemos em prol de nos mesmos e dos outros, concebamos que estamos infectados com uma cultura da pobreza independentemente das áreas, ela apenas difere na maneira de agir.


Tércio Dambanguine (Umbilo)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

AVISO

Faço este post apenas para informar acerca da reunião da GAM (Associação de Geógrafos) que tem como objectivo aprovar o plano de actividades para o 2º semestre de 2008. Venham com ideias.
A reunião será no dia 2 de agosto, as 11 horas, na Av. Amilcar Cabral (CELF - Centro de Linguas e Formação, ao lado do frango a zambeziana).

Passem a informação...